Conforme deliberado na nossa última
Confraternização, em Évora, a deste ano teve lugar em Pombal, mais
concretamente no Manjar do Marquês, conjuntamente com a da Companhia-Irmã 2505.
Local com fácil estacionamento e de acesso
rápido pois fica muito perto da A-1.
Após a sessão de fotograficas da praxe,
guardou-se 1 Minuto de Silêncio em homenagem aos Camaradas que já partiram, ou
em África ou após o nosso regresso, e por mim, Carlos Jorge Mota, no final, foi
feita uma explanação da história do nascimento do agora mundialmente usado
Minuto de Silêncio em honra de algo ou alguém.
Presente o então Capitão Carrilho e então
Comandante de Companhia 2505, hoje Coronel-Médico na Reforma, que se congratulou
por encontrar velhos Camaradas de ambas as Companhias que ombrearam as mesmas
alegrias e vicissitudes.
Convívio franco e aberto, como é apanágio
dos Combatentes de Portugal (porventura será igual em todo o mundo), ficaram as
duas Companhias agrupadas por mesas com alinhamento separado.
O João Merca e o Zé Simões saudaram todo o
pessoal, na qualidade de organizadores habituais destes Encontros, em nome da
sua Companhia, ao que eu, Carlos Jorge Mota, em nome da Companhia de Caçadores
2506, retribuí.
Fez-se a narração das razões de ausência
dos Camaradas que telefonaram a indicá-las e foi dada a informação formal
do falecimento, no ano passado, do Camarada Jerónimo Candeias, cuja comunicação
já tinha sido exposta aqui no Blogue.
Por mim foi sucintamente transmitido o
teor duma conversa telefónica de cerca de 30 minutos que havia sido feita com o
Médico Dr. Eduardo Xavier da Cunha, localizado através do Facebook pelo
Boavista, e que ficou radiante por poder trocar impressões connosco, lembrando
episódios ocorridos na Coutada de Mucusso.
Entretanto, no Domingo passado, portanto,
já após o Encontro, recebi um telefonema do Médico Dr. Eustácio Ribeiro da
Cunha, que nos acompanhou na ida para as Terras-do-Fim-do-Mundo e lá permaneceu
até ser rendido pelo seu homónimo Cunha, mas Xavier, que lamentou não ter
podido estar presente, enviando um abraço para todos os Camaradas. A razão da
sua ausência deveu-se ao facto de, na qualidade de Cavaleiro da Ordem de Malta,
ter sido destacado para a localidade de Pernes, na estrada que liga a Santarém,
no início deste mês de Maio, para dar apoio aos peregrinos que se dirigiam a
Fátima. Regressou a casa só no sábado seguinte ao da nossa Confraternização e
estava a usufruir do merecido repouso. Todavia, disse: "para o ano não
falto com toda a certeza".
Porque, dum modo mais ou menos
generalizado, foi do agrado a utilização das instalações deste Restaurante,
ficou assente que a Confraternização de 2018 será no mesmo local, mas com
necessidade de alguns ajustamentos a fim de serem corrigidos alguns pormenores.
O Coronel-Médico Carrilho, o segundo contando a partir da direita |
O Ajax quando pega no microfone ... |
Antes de se partir o tradicional bolo |
Historiando 1 Minuto de Silêncio:
Nós, Portugueses, deveremos
divulgar e ter orgulho neste tipo de homenagem prestada a algo ou alguém, hoje
prática disseminada pelo mundo afora.
Em 1912, quando chegou a Lisboa
a informação do falecimento do grande estadista brasileiro Barão do Rio Branco
- a quem o Brasil deve a negociação com a Bolívia segundo a qual o actual
Estado do Acre foi integrado naquele país-irmão, sem derramamento de sangue,
pois houve negociação consubstanciada em compra - a então Assembleia da então
novel República Portuguesa rendeu-lhe o merecido reconhecimento permanecendo 10 minutos em
silêncio. Ficou instalado, a partir desse singelo mas valioso acto, um novo
processo de reconhecimento de honra, reduzindo o tempo para 1 Minuto, hoje prática corrente no globo inteiro.
O Brasil ainda não prestou a
merecida e devida veneração a este grande estadista brasileiro e muito amigo de
Portugal. A História assim o exige.
Carlos Jorge Mota