INSÍGNIA E LEMA

INSÍGNIA E LEMA
CONQUISTANDO OS CORAÇÕES SE VENCE A LUTA

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

OS SEIS NORTENHOS MAGNÍFICOS

Almoço quinzenal nos arredores do Porto, na Ponte da Pedra. Aqui, já no café. O número varia, consoante a disponibilidade de cada um. Neste, um novel bem branquinho, que parece Ajax. Mas ... faltaram quatro: Madureira, Sérgio, Fontes e Acácio Sampaio (este último do Batalhão de Cavalaria 2870).
Todos serão bem-vindos. Façam aumentar o número.


Carlos Jorge Mota

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

ROLA, ROLA! AQUI LEÃO!

KUANDO-KUBANGO (Terras-do-Fim-do-Mundo)



No dia 1 de Janeiro de 1970, ordem de avanço para sudeste da zona do Aquartelamento, para perto de Bambangando, para recolha dum GE (elemento dos denominados GE’s – Grupos Especiais constituídos por nativos normalmente armados com material capturado ao IN) que ficou doente no decurso duma operação em que estavam envolvidos naquela área.
Saída de manhã cedo, sob o Comando do Furriel-Miliciano Temudo, mas acompanhados também do Furriel-Miliciano Mota, que se ofereceu para a missão.
Atingidas as coordenadas fornecidas, via Rádio chamámos várias vezes “Rola, Rola!”, “Aqui Leão!”, senhas previamente combinadas para o contacto, mas, de “Rola”, … apenas silêncio.
Para aumentar o raio de acção de eventual contacto, apesar de possuirmos somente um Rádio, o nosso Grupo subdividiu-se em dois e dispersámo-nos por área mais alargada, na tentativa do som das viaturas poder ser audível pelo Grupo do GE. Novas chamadas, porém, silêncio absoluto…
Entretanto anoiteceu, e montada a indispensável segurança, dormimos na mata e sob chuva intensa e, pela primeira vez, utilizámos os Sacos-Cama que nos haviam sido recentemente distribuídos.
Logo de manhãzinha nova chamada via rádio, mas … apenas silêncio.
Contactada a Base, pedindo instruções face à situação, o Comandante do Grupo recebeu instruções para regresso imediato pois o GE em causa tinha já sido socorrido por outros meios, por nós desconhecidos.
Chegados à Coutada de Mucusso detecta-se então que falta uma Arma (G-3), provavelmente caída do Unimogue, talvez por entorpecimento físico do seu responsável dado que o ronronar do motor da viatura, acumulando o cansaço e o desgaste, a isso proporciona.
Na manhã seguinte, nova saída, mas com outro Grupo, que incorporava o Camarada em situação complicada, em busca da Arma. Felizmente, e para alívio geral, percorrido apenas parte do caminho em sentido inverso que esse militar tinha feito na véspera, a G-3 foi encontrada.
Todavia, no regresso, por abatimento repentino do terreno, que aparentava ser sólido, de um dos lados da viatura, uma Berliet virou-se e ficou de rodas para o ar. Houve discernimento e tempo para todos saltarem com segurança, ficando apenas o condutor dentro dela, mas, por protecção de mão-divina, saiu incólume. Entra em acção o guincho de um dos Unimogues e a Berliet é colocada na sua posição normal e pronta a arrancar.

Nota: Segundo se falava à época, Bambangando seria o local em Angola onde haveria maior concentração da Mosca do Sono razão por que antes de abalarmos para o Kuando-Kubango recebemos um reforço da Vacina contra esta doença.


Joaquim Costa
- então 1º Cabo de Armas Pesadas.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

ESCOLA DO MPLA EM PLENA MATA DOS DEMBOS

Cópia de documentos apreendidos durante uma Operação nos Dembos. Escola do MPLA em plena actividade, abandonada à pressa pela aproximação das NT (Nossas Tropas).
Como se compreenderá, tratando-se duma cópia - fiel - o papel não é o original.











Como se depreende perante os documentos prévios, o MPLA, para além a Luta Armada, tinha também a preocupação do Ensinamento Escolar.

Joaquim Costa

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

ALMOÇO-CONVÍVIO NO BARREIRO (II)

Retomando uma mini-Confraternização já havida do antecedente, e novamente no Clube dos Fuzileiros, no Barreiro, e a fim de convivermos em amena cavaqueira e também tomando notas de relatos ocorridos em plena Guerra para aposição no nosso Blogue, juntámo-nos em 7 de Julho, defronte duma paisagem magnífica tendo o Tejo servindo de fundo, Arvelos, Carlos Neves e Medroa, da CCS, Fernando Santos e João Merca, da Companhia de Caçadores 2505, e Aleixo, Boavista, Carlos Jorge Mota, Fernando Temudo, Joaquim Costa, Manuel Carvalho e Manuel Freitas, da Companhia 2506. Para pôr ordem na mesa, tornou-se indispensável a presença duma senhora, tarefa que foi entregue à Adélia, Companheira do Temudo.
Pena foi que, não obstante ter sido convidado, o Pimenta, da Companhia 2504, não pudesse ter comparecido, por razões de ordem pessoal, pois, dessa forma, todo o Batalhão 2872 - o nosso Batalhão - estaria representado.
Boa disposição, como sempre entre velhos Camaradas de Armas, recordando eventos bons, menos bons, maus e muito maus, como é normal em todas as Guerras.
Colhidas algumas informações mais concretas sobre ocorrências em Angola, já ligeiramente debatidas, para aposição na Blogue da Companhia, e feitas pequenos acertos de relatos de outras, a confraternização prolongou-se até ao fim da tarde, mas ainda deu tempo para, pelo caminho de regresso ao Porto, em plena zona da Bairrada, se jantar assistindo ao jogo de futebol do Campeonato da Europa cujo resultado interessava a Portugal.
Embora sem data marcada, ficaram assentes novos Encontros, e naquele mesmo aprazível local, pois a inabalável e perene camaradagem a isso obriga e impõe.
































Carlos Jorge Mota

terça-feira, 26 de julho de 2016

FALECIMENTOS (IV)

Por informação colhida junto de um comum amigo, tomámos conhecimento do falecimento do Camarada Jerónimo Candeias, elemento integrante da nossa Companhia, com o posto de 2º Sargento, tendo sido promovido ainda a 1º Sargento no decurso da nossa Comissão em Angola, e, como profissional militar que era, atingiu o posto de Sargento-Mor, passando à situação de Reforma no Campo de Santa Margarida, quando exercia funções de assessoria do então Brigadeiro-Comandante do Campo (posto hoje substituído por Major-General), Campo Militar que nos foi familiar pois foi nele que efectuámos o então denominado I.A.O. - Instrução e Aperfeiçoamento Operacional e dele nos deslocámos para o navio Uíge.
Como habitualmente, foi-lhe por mim remetida a Convocatória para a nossa Confraternização de 2016, este ano em Évora, sua terra-natal, apesar de ter morada em Ponte de Sor, só que desta vez fi-lo não por carta-postal mas sim por mensagem directa do Facebook, ferramenta que agora utilizava assiduamente e com algum sentido de humor, pois socorria-se muito das postagens hilariantes do Yronicamente e do Vituku. Não obtive qualquer resposta, o que não estranhei porque ele frequentemente se encontrava ausente na Escócia, onde vive uma filha, e agora mais recentemente também na Irlanda por razões profissionais da sua Companheira.
Fui, todavia, surpreendido, em Évora, pela informação dum Camarada segundo a qual o Candeias se encontrava em Ponte do Sor e estaria doente. No fim desse dia rumei ao Algarve, juntamente com o Mineiro, e respectivas esposas, e só regressei a casa decorrida uma semana após um passeio pelo Alentejo (o seu Alentejo). Telefonei-lhe logo de imediato e atendeu-me um Candeias de voz um pouco diferente denotando alguma amargura. Perguntei-lhe: "que se passa contigo? Disseram-me que estás doente ...", mas ele foi lacónico na resposta e percebi que, subtilmente, demonstrava não querer aprofundar a questão. Respeitei essa opção, tentei animá-lo e disse-lhe "vais ver que vais recuperar e em breve estaremos a beber uns copos".
Todavia, há uns dias atrás, recebi um telefonema do Armindo Lopes comunicando o infausto acontecimento, pois soube-o através de um comum amigo de ambos. Entrei de imediato na sua página do Facebook e constatei a triste veracidade. Difundi logo de seguida a notícia pelos Camaradas cujo endereço electrónico possuo e telefonei ao "nosso" 1º Vilares (hoje Capitão na reforma) a dar-lhe a notícia.
Entretanto, após troca de mensagens e telefonemas com alguns Camaradas, fui mandatado para colocar no Mural do Facebook do Candeias uma homenagem da Companhia de Caçadores 2506.
Consequentemente, foi lá postado o seguinte:


Por mandato dos Camaradas da Companhia de Caçadores 2506 (incluindo o então 1ª Sargento Vilares, actualmente Capitão na situação de Reforma), Companhia a que pertenceste entre 1969 e 1971 - que serviu em Angola -, e com os quais conviveste posteriormente em várias Confraternizações anuais, fica aqui expressa a Homenagem de Camaradagem Militar perene, e, no lugar onde estiveres, saibas da estima e amizade que granjeaste. 
Descansa em Paz e ... ATÉ SEMPRE, CAMARADA !

Nota: Remeti, através do Messenger do Facebook, mensagem ao seu afilhado e a sua filha apresentando as condolências, em meu nome pessoal e em nome da nossa Companhia, e tentando indagar a data precisa do falecimento, mas, infelizmente, não obtive qualquer resposta.

Carlos Jorge Mota

segunda-feira, 18 de julho de 2016

CONFRATERNIZAÇÃO DA COMPANHIA-IRMÃ 2505

Em 25 de Junho passado realizou-se em Pombal, no "Manjar do Marquês", a Confraternização Anual da Companhia de Caçadores 2505, Companhia-Irmã do nosso Batalhão, sob os auspícios, já cristalizados, dos Camaradas João Merca e José Simões. A data habitual recai no mês Maio, todavia, este ano, por razões decorrentes da pretensão de vinda dum Camarada que vive no Estrangeiro e que nunca tinha marcado presença em Confraternizações, mas que em Maio não tinha disponibilidade de deslocação, foi feita alteração da Agenda habitual, o que redundou num número relativamente baixo de inscrições, segundo os responsáveis organizativos, talvez pelo preenchimento de compromissos de vária ordem para o mês de Junho por parte dos Camaradas ausentes e tradicionalmente convivas. 
Atendendo a que o João Merca tinha estado connosco em Évora na nossa Confraternização de 2016, representando a Companhia-Irmã 2505, achou-se por bem retribuir essa especial atenção. Foram dirigidos convites a alguns Camaradas da nossa Companhia para esse desiderato, mas só o Francisco Freitas teve disponibilidade para me acompanhar. Vai daí, e previamente combinado com o Merca, deslocámo-nos de Comboio para Pombal tendo o Merca, após um telefonema à chegada à Estação, procedido ao nosso transbordo para o Restaurante. Bilhete de Ida e Volta adquirido, todavia, no regresso ao Porto, prescindimos do Comboio e apanhámos boleia do Domingos Cardoso, tradicional frequentador das nossas Confraternizações, o que nos permitiu, no seu regresso à Póvoa de Varzim, deixar-nos em Vila Nova de Gaia ainda a tempo de podermos ver o Jogo do Campeonato Europeu de Futebol em que Portugal saiu vitorioso. Para além da razão apontada, mais duas se tinha em mente: rever velhos Camaradas e fazer um reconhecimento ao local onde em 2017 ocorrerá a nossa Confraternização.
De Ranger para Ranger, foi entregue pelo Freitas, em nome da nossa Companhia, uma simbólica recordação (Porta-Chaves, sobras duma nossa Confraternização anterior) à Companhia-Irmã, na pessoa do Merca.
Seguidamente o Merca fez uma alusão às razões da escrita do Livro FARDA OU FARDO? por parte da minha pessoa, comunicando que ele teve a sua génese numa conversa entre nós os dois em que eu citei que tinha presenciado um "fuzilamento" dum Soldado dos Dragões, no Luso. Ele, pretendendo a postagem no Blogue da sua Companhia desta narração, instou-me a contá-la, só que eu retorqui, nesse momento, que o facto tinha ocorrido já quase no fim da Comissão e seria saltar no tempo. Assim, sugeri, e ele anuiu, eu elaborar peças soltas, mas cronológicas, que iria remetendo para postagem no Blogue. Quando ia na quinta narração, o Merca sugeriu então que eu teria que escrever um livro. pois ele representaria não só o meu trajecto mas também, simultâneamente, o de todos os Camaradas da C. Caç. 2506, para além de se poder tornar numa peça histórica no futuro, e que eu tinha jeito para a escrita.  Disse-lhe que nunca me passou pela cabeça tal intenção, mas ... começou aí a germinação ... 
Alguns Camaradas fizeram a aquisição do FARDA OU FARDO? pois o Merca havia-me aconselhado previamente a levar alguns exemplares.
Boa camaradagem e óptima refeição, mas, após se partir o Bolo, todo o pessoal abalou ... porque o Futebol a isso clamava.











Carlos Jorge Mota