Diversas
viaturas militares da Companhia de Transportes estacionadas no cais e nas suas
imediações. Subida para elas dum modo receoso ainda, muitos pretos por perto e
aparentemente todos iguais – sensação generalizada mas rapidamente considerada
absurda -, passagem pela baixa da cidade rumo ao Campo Militar do Grafanil, na
Estrada de Catete, em cuja entrada, à laia de aviso “à navegação”, se
encontrava em destaque, e deliberadamente muito bem visível em cima de um
palanque em cimento, um Jeep acidentado, todo amassado, fruto de choque frontal
e capotagem. Fomos colocados provisoriamente em bancadas de cimento-armado, com
dormida no chão duro, sem qualquer resguardo. Era o modo usual para tropas em
transição do navio para o Mato e vice-versa. A bagagem de porão, muito pouca,
chegaria umas horas depois e colocada dum modo amontoado perto de nós. O meu
amigo Fontes queria que eu fosse dormir a casa do seu tio, onde ele já vivia
dum modo “civilizado” (era militar, como eu), mas receei que pudesse haver
problemas, até porque teria que enquadrar o pessoal.
E a missão vai começar.
Carlos Jorge Mota
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